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Percurso & Destino

Percursos & Destinos

João Lopes Filho

“Os Percursos dos protagonistas e das outras personagens que propiciam a ação, e o contexto da narrativa, são bastas vezes, motivos de aproveitamento por parte do narrador, para uma análise histórica, antropológica, dos usos, das tradições, dos costumes e das superstições que as personagens vivenciam e transportam da terra/ilha/arquipélago para o mundo largo; enquanto os Destinos configuram a teia, o universo ficcional propriamente dito, da história de um amor em que a sorte, o fado, os astros regentes – um conjunto de condicionalismos muito deles esotéricos, ora em conjunção, ora em disjunção com as vicissitudes da vida – o não consagraram e nem ajudaram ao chamado, final feliz. (…)
À volta delas, o narrador gere e distribui uma cadeia de acontecimentos que tem como pano de fundo, a emigração e como cenário, ou espaço da intriga, uma das ilhas, ou mesmo, mais do que uma ilha deste Arquipélago em que nos encontramos; e que na obra, por vezes parece um geo contínuo que ora adquire feição mais urbana que pode sugerir Mindelo, ou outra cidade; ora adquire feição rural/urbana que pode levar-nos à Vila Ribeira Brava, ou a evocar a orografia da ilha de Santo Antão e/ou mesmo a descrever, regiões de S. Nicolau.”